É o reflexo de meu rosto. Muitas vezes, nesses dias perdidos, fico a contemplá-lo. Não entendo nada desse rosto. Os dos outros têm um sentido. O meu não. Sequer posso decidir se é bonito ou feio. Acho que é feio, porque me disseram. Mas isso não me impressiona. No fundo, até me choca que se possam atribuir a ele qualidades desse gênero, como se chamassem de bonito ou feio um pedaço de terra ou um bloco de rocha.
Jean-Paul Sartre.
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